Histórias para sofás

Não há becos sem saída, há EXIT.   

Sente-se, apesar do excesso USB, uma densidade mágica que fixa uma vontade tecno-dinâmica e metafilmica de ascender à nova Alice no País das Mascarilhas, que por sinal não é nem nunca foi uma criança para brincadeiras. 

Nada acontece por acaso, tudo se funde e materializa na circunstância Matrix, com o humor necessário para que uma realidade virtual ( maspouco), se intensifique neste espaçotempo cada vez mais pessoal e transmissível. 

Com a desobediência necessária estão montados os ingredientes para fazer guerrilha à neuropatia vigente de uma das realidades que anda por aí, homogénea e de sentido único como um sinal de trânsito. 

Usam-se câmaras que filmam ratos de laboratórios, florescem pássaros ,desmontam-se rasperis, e o Mestre aquece, dão-se vertigens, e a plotter torna-se poética como nos tempos das idas à linha do grande Bosingwa

O humano aqui não precisa de lutar contra a tecno-ciência porque simplesmente o humano aqui é humano, e a ter uma etiqueta seria comprada na loja do chinês. 

Uma empresa qualificada em tecno-viagens propôs-nos que usássemos a última grande utilização para AI, o que recusámos de imediato. Já cá temos o campeão mundial em truques de carrinho de mão.

Nem tudo são likes, como antigamente nem tudo eram rosas, como futuramente o presente apenas será. 

As coisas deverão ser exactamente como as coisas são e para assegurar esse pressuposto, contamos algumas histórias para os sofás que nos garantem a alegria de morrer de vez em quando para depois ir a jogo as vezes que a razão quiser. 

E garantimos uma coisa, serão muitas, porque o presente há-se ter futuro, nem que apareça de óculos espelhados com comandos na mão a apontar para nós, ameaçador, mas estaremos preparados para o duelo como nos westerns em que os bons ganhavam sempre. 

Ganhavam?

… Quem falou em passado?

A vida é uma festa. 

Boa viagem.